quarta-feira, 2 de julho de 2014

Ainda não sei.

por Kywsy Santos

Não era o tempo que pedia uma resposta, não era a vida, ou qualquer parte objetiva de um dos seus caminhos, era mesmo uma angústia sem jeito que chegava sem hora marcada mas, cujas marcas, de tão iguais e ritmadas, já careciam de um nome próprio que as revelasse - vida e intenção que eram - e que as pudesse definir como um único ser, se não criado, ao menos previsto naquele momento primeiro em que o amor pariu o mundo. Era, ou podia ser, presença: um "sem nome" profundo, preciso e denso que desafiava as engrenagens carcomidas do cérebro a procurar no meio do caos esquizofrênico das armaduras e das ruínas e dos infelizes muros destruídos e das memórias perdidas nas bibliotecas inundadas e de todo o medo soterrado sob um holocausto primorosamente criado, assim como os outros e mais outros escudos que se revelariam se assim fosse e que fariam tremer os fundamentos do solo frágil onde todas as construções aceitas dormiam profundamente sem jamais saber o destino e a fortuna morta de todas aquelas que se perderiam no esquecimento algoz. Agora se foi, penso que era algo com pretensões de alguém.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

De sol vendo...

por Kywsy Santos
















Está tudo igual, como era antes,
mas agora eu posso ver melhor.
Daí, que posso ser feliz.
Simples assim.

:)

terça-feira, 29 de abril de 2014

... quando os deuses passam.

por Kywsy Santos

Algumas estratégias são infelizes, outras são tão miseravelmente infelizes que produzem seu piores efeitos justo quando logram conquistar os seus meticulosos objetivos. Querer, traçar planos, estabelecer limites, ensaiar atuações, prever cenários e manter tudo sob controle, de modo que o destino, forçosamente, se adapte aos nossos desvairados rabiscos. Quem nunca?! Vai dessa cegueira estrutural que viver e ter que decidir caminhos que ninguém sabe onde vão dar, vai dessa loucura de sentir-se deus que os homens, vez que outra, encarnam e, paradoxo dos paradoxos, é justamente quando tudo dá certo, quando tudo sai do modo como foi planejado, que a gente é obrigado a encarar de perto a extensão da nossa pobreza. 

Quanta dor, quanto sofrimento envolvido, quanta injustiça sem reparação e quanta paz perdida que jamais poderá ser restaurada. A gente olha sem compreender. Os planos,  em retrospectiva, não fazem o menor sentido. Eu sinto pena desses pequenos deuses sem sapatos, profundamente inaptos a trilhar caminhos. Quanta pressa, meu Deus, quanta pressa... Queria aconchegá-los em meu colo, quem sabe ouviriam algumas histórias, quem sabe a gente poderia rir, juntos... Mas, eles não olham nos olhos, nem ouvem, planejaram passar e passam, inexoravelmente.


sexta-feira, 11 de abril de 2014

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Um passo...

Assustadora essa página em branco...
Acho que vou pintar de azul...
Pronto! Agora sim...
Bem melhor!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Novos ventos

por Kywsy Santos



Sonhei.
Uma chuva fininha, suave, começava a cair. As pessoas corriam pra se abrigar, crianças eram levadas para dentro sob protestos. Eu não... Eu queria estar ali, do lado de fora, naquela luz, naquela chuva, naquele vento. E o vento só aumentava. E ficou tão forte que eu não conseguia mais manter os pés firmes no chão... E, enquanto meus olhos, sem vontade, procuravam por um lugar seguro, percebi que em meu coração explodia uma alegria nova: "Como seria estar no olho do furacão"?
Adoro sonhar.