por Kywsy Santos
"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Prefiro trabalhar com a verdade, a mentira não é uma opção aceitável, existe ainda o silêncio, a distância, a privacidade e um sem fim de opções intermediárias, mas, a verdade tem lá as suas vantagens... Uma delas é a acessibilidade e a clareza: a verdade é fácil! É sempre a mesma, a primeira informação ao alcance do cérebro. "Foi assim, dessa forma, nesse momento e por esse motivo" - fácil, clara, objetiva e nunca muda, ou seja, perfeita! Quase perfeita...
"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Prefiro trabalhar com a verdade, a mentira não é uma opção aceitável, existe ainda o silêncio, a distância, a privacidade e um sem fim de opções intermediárias, mas, a verdade tem lá as suas vantagens... Uma delas é a acessibilidade e a clareza: a verdade é fácil! É sempre a mesma, a primeira informação ao alcance do cérebro. "Foi assim, dessa forma, nesse momento e por esse motivo" - fácil, clara, objetiva e nunca muda, ou seja, perfeita! Quase perfeita...
Toda comunicação é uma troca entre alguém que passa uma mensagem e alguém que recebe. Também existe o código, o formato da mensagem, que deve ser compreensível para todos os envolvidos. No que tange ao código, muitos acreditam que trata-se apenas da linguagem, do 'signo' utilizado, ou da compreensão do universo cultural dos envolvidos, mas, deixando a erudição acadêmica um pouco de lado, penso que a vivência pessoal de cada um, os seus valores (ou a completa falta deles) infuenciam diretamente o resultado de qualquer comunicação. O problema da verdade é "o outro".
Eu explico: toda verdade é frágil e perfeitamente manipulável no confronto com o olhar do outro, porque o sentido e a intenção vão se revelar a partir desse universo e não daquele que lhe deu origem. E quando, inevitavelmente, ela é submetida a uma cadeia sucessiva de livres interpretações... que Deus tenha piedade de nossas boas intenções. A minha verdade pode assumir mil faces, assim como a tua e a de todos os outros. Cuida dela com carinho e não a confia a quem não pode compreendê-la. Somos frágeis...
“– Eu, D. Assunta da Abadia, viúva triste, venho trazer, pela mão, conforme o prometido, o meu filho – Eusébio da Abadia”... (Nelson Rodrigues).