Algumas estratégias são infelizes, outras são tão miseravelmente infelizes que produzem seu piores efeitos justo quando logram conquistar os seus meticulosos objetivos. Querer, traçar planos, estabelecer limites, ensaiar atuações, prever cenários e manter tudo sob controle, de modo que o destino, forçosamente, se adapte aos nossos desvairados rabiscos. Quem nunca?! Vai dessa cegueira estrutural que viver e ter que decidir caminhos que ninguém sabe onde vão dar, vai dessa loucura de sentir-se deus que os homens, vez que outra, encarnam e, paradoxo dos paradoxos, é justamente quando tudo dá certo, quando tudo sai do modo como foi planejado, que a gente é obrigado a encarar de perto a extensão da nossa pobreza.

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