terça-feira, 16 de março de 2010

Ma_Linha do Tempo

por Kywsy Santos
Uma facilitadora, de um desses cursos de desenvolvimento de pessoal, uma vez pediu que fizéssemos uma linha do tempo de nossas vidas: Devíamos anotar de cinco em cinco anos, nessa linha, um fato que houvesse nos emocionado positivamente e outro, que marcasse por ser negativo. As nossas linhas negativas foram sendo preenchidas rapidamente, até percebermos que as lembranças positivas eram inexistentes, raras ou, pelo menos, mais difíceis de serem acessadas. Lembrar de um fato positivo a cada cinco anos de nossa vida parecia uma tarefa difícil para a memória, mas, à medida da nossa persistência, essas lembranças chegavam, tímidas, ao papel. A professora explicou que, diferente do que parecia, certamente havíamos vivido muito mais momentos bons que momentos desagradáveis. A reação à dor, ao medo, ao sofrimento, entretanto, provocava um registro mais forte na memória, como um sinal de alerta que nos protegeria no futuro de um fator de risco semelhante. Para mim, a questão talvez não seja necessariamente biológica, talvez também pese sobre nós a responsabilidade pelo que lembramos. Estamos assim tão distraídos, tão leves, quando somos felizes, que simplesmente esquecemos de registrar essas marcas, esses momentos de pura luz e, no presente, ter acesso a essas informações pode ter um valor inestimável. Dar mais valor ao que nos aquece e menos importancia ao que nos machuca, nesse contexto, parece muito bom. Lembra uma frase sem autoria que encontrei um dia:
"Não leve a vida muito à sério,
você não vai sair vivo dela, mesmo".

Fonte das imagens:
1.bp.blogspot.com/.../s1600-R/75402779.jpg

historias.net63.net/peter%20pan.htm