segunda-feira, 31 de maio de 2010

Promessa de Anjo





















por Kywsy Santos

Hoje recebi uma notícia feliz / Falava de um amigo que mora distante / desses amigos que estão perto / onde quer que estejam // O Tempo te trouxe de volta numa moldura belíssima // O que se espera de um anjo é que esteja bem e seja muito feliz / e a minha vida floresce e frutifica a partir dessa moldura // Tua conquista me inspira / ser feliz é possível/ provável/ necessário/ obrigatório // Agora / mais que nunca / estou no caminho e / em breve / se Deus quizer / te mando uma notícia feliz// Obrigada por ser feliz!!!

sábado, 15 de maio de 2010

Adoração

por Kywsy Santos

Ganhei um dia, um dia de significância duvidosa, que me permite prevê uma série de acontecimentos, ou relacioná-los com uma temática predeterminada, iconográfica e rica, embora nem sempre alcance o significado de sua composição ou a relevância de sua proposta e, menos ainda, o emaranhado de ações e escolhas que possam ter lhes dado origem ou direção.

Esse brinquedo que teimo em decodificar oscila entre um inocente quebra-cabeças e um enigma ameaçador que precisa ser desvendado. E, por algum motivo obscuro, apavora-me a idéia de não possuir a chave. Busco caminhos, e desconfio deles. A vida é frágil, a sanidade é fugaz, e o conhecimento pode ter um modo grotesco de se revelar que põe em risco ambas as propostas.

Busco a suavidade necessária, a delicadeza de que me despi quando fui tocada pela dor: A delicadeza da fé. Ontem vi um pássaro no chão, com as asas abertas e o rosto voltado para o céu, os raios de sol complementavam aquele quadro de sublime adoração... Por outro lado, uma cena assim tão rara me sugeriu uma outra explicação: "Ele pode estar sentindo dor"...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O Papel dos Relacionamentos

por Kywsy Santos

Li o livro de Paulo Coelho, "Ás Margens do Rio Pietra Eu Sentei e Chorei". Li tão rápido que fiz chorar de ciúmes minhas apostilas rasuradas. Depois chorei uma tarde inteira longe desse calhamaço de papéis que, ao longo dos anos, têm se tornado a minha mais terna companhia. Indiferentes às minhas preocupações ecológicas, pilhas e pilhas de papel têm ocupado papéis e espaços relevantes em minha vida.

Com eles me relaciono dia e noite, não com meus vizinhos, colegas ou amigos, apenas com eles. Mesmo a família, única a desafiar este exílio, é constantemente submetida à tirania dessa relação. E se alguém, ou algum evento, teima em requisitar minha estimada companhia, sempre haverá um papel e com ele uma obrigação inadiável que justifica plenamente a minha reclusão.

Em meu quarto, em minha cama de casal, me acostumei a dormir num espaço apertado como um colchonete. Ao meu lado, apostilas, agendas, cadernos, livros, revistas, e outras publicações ocupam o lugar sagrado da minha cara metade. Sabe, acho que descobri um dos meus escudos. No caminho pra libertar esse meu coração "Maluquiiiinho", a boa notícia é que um escudo de papel não vai resistir a uma boa chuva... E o inverno está só começando.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Nada comigo...



por Kywsy Santos


Quero chorar desesperadamente
essa pressão em meu peito
reclama o seu espaço

Quero chorar por horas a fio
deixar a dor se expressar
até se consumir

Depois voltar à beira do riacho
e olhar o menino pescando
de azul e amarelo...

É isso que eu quero.